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Pesquisas arqueológicas mostram que, ao longo dos últimos 10 mil anos, o planalto meridional brasileiro tem sido ocupado por diferentes populações que foram se estabelecendo nos mais diversos ambientes. O resultado desta longa ocupação pode ser evidenciado pelos materiais produzidos e utilizados nos contextos socioculturais destes povos, e que, por suas características físico-químicas, resistiram à passagem do tempo e hoje compõem os sítios arqueológicos.
Neste recorte geográfico está inserida a mesorregião centro-sul paranaense, onde registros arqueológicos indicam que seus primeiros habitantes organizavam-se em pequenos grupos e viviam principalmente da caça e da coleta de vegetais. Os principais registros materiais destes caçadores-coletores são vestígios em rochas, utilizados para a fabricação de ferramentas como pontas de projéteis, por exemplo.
Já as ocupações mais recentes, registradas a partir de 2 mil anos atrás, chamam a atenção para o aparecimento de materiais cerâmicos com características específicas, que apontam para populações de origens distintas. Estes vestígios cerâmicos são conhecidos na arqueologia como Tradição Taquara/Itararé e Tradição Tupiguarani. A Tradição Taquara/Itararé, em muitos casos, é associada ao registro de antigas ocupações de povos Jê que têm origem na região central brasileira. Enquanto a Tradição Tupiguarani está associada aos povos falantes da família linguística Tupi-Guarani.
E é dentro deste contexto que se insere a avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico, realizada pelos pesquisadores da Espaço Arqueologia entre os dias 19 e 22 de fevereiro no município de Turvo/PR. O levantamento sistemático nas margens do Rio Marrecas, local onde será instalada a Pequena Central Hidrelétrica Paredinha, buscou identificar a presença de eventuais sítios arqueológicos na área de implantação do empreendimento.
Apesar de nenhum material arqueológico ter sido encontrado, foram realizadas ações de extroversão com a comunidade local, visando informar a população sobre a pesquisa que estava sendo realizada. Nas oportunidades em que eram estabelecidos contatos com os moradores próximos à área de pesquisa, foi apresentado um material informativo impresso, versando sobre as etapas da pesquisa arqueológica e o rico contexto arqueológico do planalto meridional brasileiro. Aproveitou-se, ainda, para questionar se os moradores sabiam informações de materiais semelhantes encontrados na área.

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