Pesquisa arqueológica no vale do rio São Francisco Verdadeiro, região Oeste do Paraná

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Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico envolveu empreendimento do setor hidrelétrico

O rio São Francisco Verdadeiro nasce no município de Cascavel e deságua no reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Ao longo de seu percurso de cerca de 152 Km de extensão, a paisagem no seu entorno apresenta vertentes suaves, topos alongados e aplainados, além de vales em formato de “U” aberto, ora com a margem esquerda mais íngreme, ora com a margem direita mais alta. Ao longo do leito do rio são observadas algumas corredeiras, pequenos saltos e lajeados, constituídos de basaltos maciços, indicando pouca cobertura de sedimentos inconsolidados nestes pontos.

Para a arqueologia, estas características do ambiente refletem as suas potencialidades para o assentamento de grupos humanos desde tempos remotos, pois, recursos naturais como água, formas do relevo propícias para habitação ou acampamento temporário, como topos aplainados próximos ao rio e rochas com propriedades favoráveis ao talhe para a confecção de instrumentos de caça, constituíam importantes elementos para o desenvolvimento das atividades dos grupos humanos que habitaram essa região antes da colonização.

Com o olhar voltado para essas características, um grupo de pesquisadores da Espaço Arqueologia executou em campo o Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico na área de implantação da CGH Nova Geração, empreendimento do setor hidrelétrico, à ser instalado no município de Toledo, região oeste do Estado do Paraná.

Nesta etapa da pesquisa, os arqueólogos percorreram toda a extensão da poligonal do empreendimento, empregando a metodologia de pesquisa prevista no projeto, com a execução de linhas de caminhamento e a escavação de poços-teste para a verificação da superfície e da subsuperfície do terreno, em busca de vestígios arqueológicos. Como resultado das atividades de pesquisa de campo, nenhum vestígio arqueológico foi identificado, sendo assim, a instalação deste empreendimento não representa riscos ao patrimônio arqueológico, uma vez que passou pelo correto tratamento de pesquisa.

Neste projeto, além das atividades de campo, foram realizadas ações de divulgação da pesquisa junto aos moradores sediados nas áreas próximas ao empreendimento, primando sempre, pelos cuidados necessários e a observação dos protocolos de saúde. Nestas atividades foram prestadas informações sobre a arqueologia de modo geral e a necessidade de realização desta pesquisa, sendo distribuídos materiais didático-informativos compostos por folders com conteúdos relacionados as etapas da pesquisa arqueológica e sobre o modo de vida dos principais grupos humanos que habitaram o planalto meridional brasileiro antes do contato com os europeus.

Estas ações objetivaram a promoção da socialização dos resultados das pesquisas arqueológicas junto à comunidade, despertando o interesse pelo tema, bem como, a necessidade de preservação do patrimônio arqueológico.
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